O Sport Recife (PE) se sagrou campeão da edição 2018 da Taça Brasil Sub-15 no sábado (12). A final foi contra o Minas Tênis Clube, donos da casa. Em um jogo de muita pressão do adversário e da torcida, o time de Pernambuco segurou o empate em 2 a 2, sendo campeão nos critérios técnicos. De quebra, o Sport ainda sai com a melhor defesa, melhor ataque e artilheiro.
“Não precisava ser tão sofrido. É um grupo que começou a treinar em janeiro. A gente vai contra muita coisa, somos de uma região que não incentiva tanto o esporte, não temos tanta estrutura. São guerreiros. É o primeiro tricampeão da história da CBFS Sub-15. É um feito muito grande para eles. Eles estão na história do clube e da CBFS. Estou muito orgulhoso deles”, analisou Vanildo Neto, técnico do Sport.
Outro prêmio da equipe é o de artilheiro, entregue ao camisa 9, Thiago Vinícius: “Eu nunca imaginei isso na minha vida. É o dia mais feliz. Não tenho nem palavras para descrever isso”, comentou emocionado o herói da final com dois gols.
Para o presidente da CBFS, Marcos Madeira, a avaliação final da competição foi positiva: "Foram belíssimos jogos, uma competição de alto nível. Hoje principalmente, tanto que o título só foi decidido nos critérios de desempate. Todas as equipes que participaram estão de parabéns!".
Veja os prêmios finais:
Campeão: Sport Club Recife (PE)
Vice-campeão: Minas Tênis Clube (MG)
Artilheiro: Thiago Vinícius – Sport (PE)
Fair-play: Minas Náutico Tênis Clube (MG)
Fonte:Gabriel Ortiz para CBFS
Após marcar época no Cazaquistão, Cacau assume seleção de futsal do Kuwait
Todo ciclo tem seu fim”. A frase serve para diversas situações e no futsal não é diferente. Depois de mais de uma década de dedicação ao FC Kairat Almaty, do Cazaquistão, o técnico Ricardo Sobral, o Cacau, se despediu do clube no início do ano e agora se prepara para encarar um novo desafio. O potiguar assumiu recentemente a seleção de futsal do Kuwait, país do Oriente Médio. Bicampeão europeu (2013 e 2015) e uma vez mundial (2014) com a equipe cazaque – além de ter sido eleito o segundo melhor técnico de clubes e terceiro de seleções no mundo em 2017 -, a expectativa é de ampliar a galeria de títulos. Movido a desafios, como o próprio diz, o treinador se mostra empolgado com a oportunidade.
Tive muitas propostas, até tentadoras, mas escolhi o Kuwait pelo desafio. Confio muito na minha capacidade e espero que consiga realizar um bom trabalho, ajudar o futsal de lá a evoluir. Tinha muitos convites de clubes e até seleções, mas aceitei o convite do Kuwait. É um país que tem o calendário cheio e investe muito na base. Espero, quem sabe, estar na próxima Copa do Mundo com a seleção – explicou Cacau, que comandou a República Tcheca, em 2012, e o Cazaquistão, no último Mundial, em 2016.
Foram, ao todo, 11 anos e meio defendendo as cores do FC Kairat Almaty, do Cazaquistão – cinco anos e meio ainda como jogador profissional e outros seis como treinador da equipe. Cacau destaca o salto que o Cazaquistão deu no cenário mundial após o início de seu trabalho. A revolução – e consequente evolução – causada no futsal cazaque levou a seleção local das 37ª e 43ª posições nos rankings europeu e mundial, respectivamente, para a quarta posição no continente e sétima em todo o planeta. Com ele, o país conquistou o terceiro e o quarto lugares nas duas últimas edições do Campeonato Europeu de Seleções, classificando a equipe pela primeira vez a um Mundial.
– Depois de tantos anos, existe um laço de amizade muito forte, uma ligação entre minha pessoa e o país. Não só com o clube, mas com a seleção do Cazaquistão. Ao longo dos anos, adquiri respeito, consegui coisas impossíveis para o futsal do Cazaquistão. Fizemos história por levar o Cazaquistão a tão longe. Conseguimos vitórias importantes e isso foi um marco que deixei, um legado no futsal do Cazaquistão. Tudo que fiz no Cazaquistão me fez tomar essa decisão de querer algo diferente – comentou o técnico.
O trabalho expressivo ao longo dos anos também rende reconhecimento. Como o próprio Cacau revelou no início da entrevista, antes de aceitar o convite para assumir a seleção do Kuwait, outras propostas surgiram. E o técnico não descarta um outro acerto para subir alguns degraus na carreira, seja em um clube do patamar de Barcelona ou Inter, potências mundiais, ou até mesmo outra seleção, desde que haja um entendimento entre as partes, mas afasta a possibilidade de acumular trabalhos.
Por enquanto, vou só treinar a seleção do Kuwait. Tenho várias sondagens da Europa e alguns clubes me pediram para esperar até junho para tomar uma decisão, porque estão jogando finais de campeonatos. Eu disse que, se tiverem interesse e a oferta de trabalho for melhor, entra em acordo, paga a multa e posso ir para a Europa, mas a expectativa é treinar a seleção do Kuwait e só ela – esclareceu.
“Não deixem o nosso futsal morrer”
Referência como técnico em todo o Norte-Nordeste, Cacau ainda se mostra incomodado e faz um desabafo ao comentar a situação atual do futsal do Rio Grande do Norte, que praticamente não possui calendário e vê suas principais praças esportivas sem receber eventos. O técnico reconhece ainda o potencial formador de atletas que o estado tem, prova disso atualmente é o fixo Douglas Júnior, destaque do Kairat e que está prestes a se transferir para o Barcelona. Peço às autoridades competentes, ao presidente da federação e aos amantes do futsal para que não deixem o nosso futsal morrer. Temos talentos aqui incríveis, como o Joan, Ricardinho (que joga no Sorocaba), Dentinho, Pedrinho, meu filho Ricardinho está jogando a final da liga da Eslováquia com apenas 19 anos. Douglas hoje é a maior referência no RN, melhor beque do mundo e que se consolidou no cenário mundial. Temos o celeiro, só precisamos ter mais campeonatos, calendário coerente. O DED, o Nélio Dias e o Palácio dos Esportes não estão sendo usados para nada – encerrou.
Fonte:Por Globo Esporte• Natal | RN
Fonte:Por Globo Esporte• Natal | RN
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