Craque do Barcelona,
ídolo da torcida, artilheiro e vestindo a camisa 11 do clube catalão. Até pouco
tempo atrás, tudo isso serviria para falar sobre Neymar. Mas, hoje, é um outro
brasileiro que se encaixa exatamente nessa descrição: Ferrão, pivô da equipe de
futsal do Barça. Por lá, ele já tem feito nas quadras o que o astro fez nos
campos. Agora, sonha em repetir o caminho do ídolo na seleção brasileira.
Aos 27 anos, Ferrão é
um dos destaques da equipe, que está disputando o Grand Prix, em Brusque,
principal competição do Brasil nesta temporada. Diante das semelhanças, ele não
nega ter o craque, hoje no Paris Saint Germain, como uma inspiração. Inclusive
no número da camisa na Espanha.
- É o que procuro,
deixar meu máximo o tempo todo. Para tentar fazer uma história bonita, como ele
(Neymar) já vem trilhando, apesar de ser jovem ainda, mas vem fazendo uma
carreira brilhante e espero deixar o mesmo legado que ele - disse, ao
GloboEsporte.com.
- Quando cheguei ao
Barcelona, jogava com a 14, a 11 estava sendo usada. Mas esperei a
oportunidade, foi a camisa que sempre joguei. E ainda mais o Neymar que usava
essa camisa lá... Tê-lo como referência é algo espetacular.
Ferrão chegou ao
Barcelona em 2015. De lá para cá se firmou como um dos melhores pivôs do mundo.
Foi artilheiro da última Liga Espanhola, com 37 gols, e briga novamente por
este posto na atual temporada. Cobiçado por outros clubes, renovou seu contrato
recentemente, até 2021. Hoje, é um dos principais jogadores do time e ídolo dos
torcedores.
- Passei por um
processo de adaptação desde que cheguei lá. Mas vim conquistando o carinho de
todos. Poder representar o maior clube do mundo, a nível de futsal, futebol de
campo, e de clube em geral, é algo que não tem preço. Poder estar ao lado de
craques do futebol, e também do time que temos no futsal, de brigar sempre por
títulos, é sensacional. Estar lá e ainda jogar na seleção brasileira, não
poderia escrever minha história de forma diferente - analisou ele, que disse
ter contato frequente com os brasileiros que atuam na equipe de campo do clube
catalão.
A históia de Ferrão
com a camisa da seleção brasileira ainda é tímida perto dos feitos no Barça. O
Grand Prix pode começar a mudar essa história. E, mesmo com as poucas
oportunidades, sobretudo por conta da dificuldade em reunir os atletas que
atuam na Europa, ele se diz realizado por representar o Brasil.
- Jogar na seleção
sem dúvida é um sonho desde criança. Todo jogador almeja isso, representar o
Brasil. Para mim é algo sensacional, não tenho como descrever. É normal ter
menos oportunidades por estar fora, mas quando tenho a chance de vir aqui e
representar o Brasil é espetacular. É a melhor seleção do mundo e para mim é muito
especial.
Mais especial ainda,
para ele, é poder jogar pelo Brasil praticamente em casa. Natural de Chapecó,
que assim como Brusque fica no interior de Santa Catarina, a felicidade se
multiplica por poder jogar perto da família.
Fonte:Por Fabricio Crepaldi,
Brusque (SC)