Numa reunião em 2012, na Lanchonete Daran, Ivo Dolinski, após relutar, concordou com o pedido dos demais diretores do Marreco. Ele topou substituir Neocir Nezze, o “Cipó”, na presidência, com a condição de não ficar mais do que um ano no cargo. Mas, ao que parece, ambos, Ivo e clube, precisam um do outro. Assim, se foram 10 anos e o presidente segue o mesmo.
Produtor e empresário de transporte de leite, Dolinski acompanhou o Verde-preto desde a primeira temporada, em 2008. Ele ia aos jogos quando eles ainda eram disputados no Ginásio Sarará. Foi patrocinador e entrou para a diretoria em 2011. Ficou dois anos como vice, antes de assumir a presidência.
Ontem, 17, numa de suas idas ao Ginásio Arrudão, ele conversou com o JdeB sobre os 15 anos do Marreco, a atual temporada e o trabalho para 2023.
JdeB: Passados 15 anos, como vê o Marreco?
Ivo: Como um time que foi campeão no primeiro ano. Que depois ganhou projeção nacional e levou o nome de Francisco Beltrão pro Brasil todo. O Marreco é um nome de expressão, forte no futsal. E alguns títulos não vieram por detalhes.
Que avaliação faz da temporada 2022?
Montamos uma equipe que, esperávamos, fosse competitiva e chegasse na reta final dos campeonatos. Mas ela não encaixou. Fizemos jogos de alto nível contra grandes equipes, mas não tínhamos o mesmo desempenho com times considerados mais fracos. Muitos altos e baixos. O ponto positivo foi a organização da casa.
O elenco para 2023 está definido?
A base do time está. Não queremos mais investir em atletas com uma única função. O futsal moderno pede mais versatilidade. O jogador precisa ser pivô e ala, pivô e beque, por exemplo.
O técnico João Carlos Barbosa fica?
Renovamos com ele. Temos um projeto pros próximos três anos. O Lavarda vai desenvolver esse trabalho, pois cada diretor tem os seus afazeres diários e doamos pro clube o tempo que sobra. Contratamos o Coronel Mário, de confiança do Lavarda, pra supervisor.
Mauro Córdova era um supervisor. O Lavarda, sucessor, chegou como diretor-executivo. Qual será a função dele (Lavarda) e do Coronel Mário?
O Coronel fica à disposição dos atletas e da comissão técnica. Vai fazer as logísticas de viagens, resolver problemas do time. O Lavarda será um comandante geral. Vai visitar as empresas e já está trabalhando com o Banana nas contratações do elenco e da comissão técnica e será o elo entre diretoria e comissão técnica/atletas. Será um gestor, estará em todas as áreas.
Márcio Borges veio ao Arrudão nos últimos jogos do Marreco. Ele estará entre os contratados?
Ele veio como amigo, torcer pelo nosso time. Mas no momento não há nada acertado.
Neste ano, parte da torcida sentiu falta dos planos de sócio. Para 2023, tem novidade?
Sim. Vai ter sócio torcedor. Estamos incrementando as ideias, quem sabe fazer sócio-casal, sócio-família, sócio-empresa. Queremos oferecer vantagens, pro associado ter vantagens dentro do ginásio e, de repente, algum desconto no comércio. Posso garantir que vai ter sócio-torcedor em 2023.
E o que mais o torcedor pode esperar do clube?
Vamos montar uma equipe de qualidade, pra brigar por títulos de expressão. Queremos resgatar gente que parou de acompanhar o time e trazer empresários e mais pessoas pra colaborar conosco. Hoje, temos uma diretoria enxuta, mas quem tiver interesse, será bem-vindo. 2023 será um ano de reestruturação. Não desistam do Marreco. Continuem sendo fiéis.
Foto:Juliam Nazare
Fonte:Juliam Nazaré • Francisco Beltrão | PR/LNF
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