Rennan Cabral, ídolo em construção no Marreco

 Nos oito jogos que fez com a camisa do Marreco, Rennan Cabral empolgou o torcedor. O goleiro de 33 anos, um dos novos contratados para a temporada, é o principal destaque do time. Executando defesas difíceis e até marcando gol, como na final da Copa Chopinzinho, ele caiu nas graças dos beltronenses. Até quando falhou, como no empate com a Acel, pela Série Ouro, foi poupado de críticas. É sinal de que, em tão pouco tempo, acumulou crédito com a galera.

Carreira

Mineiro de Belo Horizonte, Rennan Vasconcellos Cabral passou pela base de três clubes locais, entre eles o Atlético (MG). Em 2008, foi convocado para a Seleção Brasileira Sub-20 e depois acertou com o Petrópolis (RJ). Foi pelo clube fluminense que ganhou a primeira oportunidade profissional e também por ele disputou a Liga Nacional. Depois, defendeu o Carlos Barbosa (RS) entre 2011 e 2014, até se transferir para o rival Atlântico (RS). No fim de 2015, ganhou a primeira chance fora do Brasil, no futsal do Cazaquistão. Na volta ao País, passou por Jaraguá, Joaçaba e estreou em clubes paranaenses pela Copagril. Nas duas últimas temporadas, esteve na República Tcheca e encerrou 2021 no Guarani (RS).

Ao longo da carreira, venceu dois mundiais de clube (por Carlos Barbosa e Atlântico), além de dois gauchões, Libertadores, Liga Tcheca e Copa América. Com a camisa da Seleção, venceu o Grand Prix do Chile, em 2014.

Marreco

A primeira proposta para jogar no Marreco foi enviada a Rennan Cabral por Fabinho Gomes, só que em 2016. Naquela passagem do treinador por Francisco Beltrão, o arqueiro mineiro era um de seus atletas de interesse, mas a negociação não evoluiu. “Eu estava apalavrado com o Jaraguá. Sempre honro a minha palavra.”

No fim do ano passado, após outras idas e vindas de Fabinho e Rennan pelo mundo do futsal, o goleiro então disse sim, ao Marreco. Ele reconhece que há na torcida um sentimento de desconfiança em relação ao time, por conta do desempenho ruim em 2021, quando o clube teve a pior campanha de toda a Liga Nacional.

“Todos os atletas que vieram para cá neste ano sabiam que isso ia acontecer, por existir uma torcida fanática, que todos os jogos coloca 1.500 torcedores. Para um clube que passou por momentos ruins, isso mostra a fidelidade da torcida e cabe a nós mudar essa perspectiva.”

Longe do futebol

Cabral, que se considera caseiro, amante de filmes e séries, entretanto não gosta de assistir futebol, ainda mais com a fase ruim do Cruzeiro, clube do coração. “Gosto de me desligar da realidade, porque vivo tão intensamente o esporte que é bom arejar. Quando minha noiva, Lidiane, está aqui, gosto de cozinhar com ela.”

Acomodado com o ritmo e as pessoas de Beltrão, ele pede que o calor da torcida volte a ser intenso, tal qual o conheceu. “Já joguei aqui com a Copagril. Então sei da força das arquibancadas. Está na hora de voltar a tornar o Arrudão um caldeirão. Sei dos resultados recentes, mas vou me empenhar muito para dar alegria aos torcedores.”

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Fonte: Juliam Nazaré • Francisco Beltrão | PR / LNF

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