Retorno à seleção
brasileira e nascimento da primeira filha. Realizações que resumem um grande
ano de 2017 para o jogador de futsal Neto. Nem o drama pessoal vivido com a
descoberta de tumores na cabeça e no pulmão desanimou o atleta, que vai
vencendo a batalha diária contra a doença. É na pequena Manoela que o melhor
jogador do mundo em 2012 encontra forças e alegria para avançar fora e dentro
de quadra. Após o “melhor ano da vida”, como ele mesmo define, Neto diz que
observa as coisas com outro olhar, revela a decisão de se afastar da seleção
após o retorno no início de 2017 e mira a próxima temporada.
Foi um ano de emoções, olhando pelo lado da
saúde e depois por voltar a jogar. Às vezes, as pessoas pensam que foi o pior
ano da minha vida. Não foi. Eu encaro como sendo o melhor ano da minha vida.
Independentemente do que aconteceu, as dificuldades e o aprendizado pelo que
vivenciei me tornaram uma pessoa diferente. Pelo lado do ser humano foi muito
válido. É dessa forma agora que devo levar por muito tempo. O nascimento da
Manoela foi o meu maior presente, então, não tem como falar que foi um ano ruim
– disse o fixo.
Depois retirar um tumor
na cabeça em fevereiro, Neto segue o tratamento para controle dos outros dois:
um na cabeça e outro no pulmão. Mesmo com a redução significativa dos tumores,
o jogador mantém rotina de consultas e medicação e garante que leva tudo com
naturalidade. Sentindo-se “super bem”, o herói do último título mundial do
Brasil na modalidade pensa na próxima temporada. Do retorno às quadras no
Sorocaba, em julho, ao título da Liga Paulista, Neto acredita que cumpriu o
objetivo de inspirar muitas pessoas. Para 2018, no entanto, não renovou com a
equipe paulista, segue em negociação com outros clubes, mas tem uma decisão
tomada: seleção é passado.
Com relação à seleção, não é mais o meu pensamento. Independentemente de ter
sido convocado neste ano, era outra cabeça na seleção com o PC Oliveira. Para
mim, ele é o melhor treinador que existe. Ocorreu a mudança de comando, desejo
sorte aos que entraram. São formas diferentes de pensar com relação ao nosso
esporte e isso me fez me afastar da seleção. Torço para que os jovens
que estão
surgindo possam representar a seleção da melhor forma possível – explicou.A vida é tão curta, temos que procurar
aproveitar da melhor forma possível. Eu sempre fui um cara muito dedicado,
deixei de fazer muita coisa pela profissão e depois que passamos por um momento
complicado é que vemos que é bom, mas não é essencial. Temos que viver com
alegria, abraçar, beijar, falar que amamos. Eu uso as palavras de Chico Xavier,
elas são perfeitas neste momento. Ele fala que as coisas boas e as coisas
ruins, elas passam. A dor acaba a dor passa, nada fica. Então eu falo que tem
que aproveitar e acreditar que tudo é possível – finalizou.
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